Venda do Trax no Brasil depende do acordo automotivo

28/09/2012 14:54

SUV compacto só teria preço viável se fosse importado do México

O utilitário esportivo compacto Chevrolet Trax teve sua estreia mundial nesta quinta-feira (27) no Salão de Paris. Em entrevista ao iG Carros na capital francesa, o vice-presidente de comunicação, relações públicas e governamentais da General Motors do Brasil, Marcos Munhoz, revelou que a montadora aguarda o acordo automotivo para viabilizar a importação do modelo.

Chevrolet Trax é lançado na Europa

Segundo Munhoz, se o SUV for trazido da Coréia, onde passará a ser produzido agora (posteriormente será produzido também no México), por conta da taxa de importação de 35% e dos 30 pontos percentuais a mais no IPI para os modelos importados, seu preço ficaria muito acima do da concorrência. “Vendê-lo com preço muito superior ao do EcoSport o tornaria inviável”, afirmou Munhoz. O executivo acredita que o governo precisa achar uma solução.

As rodas na versão top de linha são aro 16"

De qualquer maneira, segundo Munhoz, o Trax não estará no Salão de São Paulo. As grandes atrações da Chevrolet na mostra brasileira serão o compacto Onix, que fará sua estreia no salão e terá lançamento para a imprensa entre os dias 29 e 31 de outubro no Rio Grande do Sul, e o TrailBlazer.

Munhoz afirmou que a GM ainda fará pesquisas para verificar a aceitação do Trax no mercado brasileiro, por meio de clínicas com potenciais consumidores. “Tenho certeza que a avaliação será positiva, mas o que a pesquisa vai nos dar será a até que preço poderemos oferecer o carro para equacionar a situação financeira.”

O porta-malas do Trax comporta 358 litros

Acordo automotivo

A divulgação do acordo automotivo é esperada para esta sexta-feira (28), pois precisa ser anunciado 90 dias antes de entrar em vigor, o que deve ocorrer em janeiro de 2013. A intenção da GM é de trazer o Trax do México, onde também será produzido. “Temos uma cota de importação do México, de onde já trazemos o Captiva, que consome muito da cota porque é um carro caro, então precisamos de equação nova para o Trax.”

Na opinião de Munhoz, o acordo automotivo deverá ser muito complexo. Isso porque hoje, no Brasil, há grupos distintos. Um deles é dos grandes produtores, como VW, GM, Fiat e Ford, que estão há muitos anos produzindo no Brasil. Outro grupo é dos que querem fazer fábrica no Brasil mas esperam ter incentivo para isso; outros têm volume muito pequeno. “O governo tenta achar uma equação para agradar a todo mundo, algo setorizado.”

Jipinho tem opções de motor 1.4 turbo e 1.6 16V

“Acho que o acordo tem que respeitar montadoras como VW, Ford , GM e Fiat, que produzem há anos no Brasil; além de gerar empregos, estamos fazendo engenharia,“ argumentou.

A Fiat também tem problemas com a cota de carros importados do México. Eles podem trazer 1.000 unidades do Fiat 500 e 500 unidades do Freemont. Para levar ao Brasil o 500 Cabrio, que está sendo apresentado em Paris, terão de negociar a cota.

Interior do Trax tem traços do Sonic

Fonte: ig.com.br

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