Mini Jetta em uma luta por mais espaço
31/08/2012 08:47Assim como o Gol, o Volkswagen Voyage renovou seu visual na linha 2013 para combater os rivais em franca ascensão no mercado
Embora seja um modelo de elevada participação no mercado – até o mês passado acumulou 51.688 emplacamentos, considerando todas as suas versões –, o Volkswagen Voyage enfrenta cada vez mais difi culdades para cativar os consumidores. O motivo disso? A chegada de novos concorrentes e de opções renovadas dos rivais clássicos.
Dois exemplos desse cenário atual estão nas fotos do comparativo: o Chevrolet Cobalt, lançado há quase um ano e cada vez mais querido pelas pessoas que anseiam por espaço, e o Fiat Grand Siena, geração atualizada do sedã compacto mineiro, que cresceu e ficou mais bonito.
Até o mês passado, de acordo com a Fenabrave, o Cobalt acumulou 37.668 emplacamentos, contra 45.265 do Grand Siena e 51.688 do Voyage
Para tentar frear a ascensão dessa dupla, o sedãzinho da Volkswagen saiu da zona de conforto. Mudou o visual (ficando com cara de Jetta), retocou a cabine e alterou bem pouco os preços para se lançar na linha 2013, já disponível nas concessionárias.
Na versão top de linha com câmbio manual e motor 1.6 flex de 104 cv, batizada de Comfortline, o Voyage tem tabela inicial de R$ 40.890. Ele é um pouco mais caro que o Grand Siena Essence, com propulsor 1.6 de 117 cv, que parte de R$ 40 890, porém, mais em conta que o Cobalt LTZ, com preço sugerido de R$ 43.898 e motorização 1.4 de 102 cv.
As cifras superiores do GM se justificam na lista de equipamentos. Ele é bem mais completo que os outros dois, com direito a ar-condicionado, sistema de som e retrovisores elétricos de série.
Mas esse diferencial não foi suficiente para dar a vitória ao Cobalt. Detalhes como os preços das peças de reposição colaboraram para deixá-lo em terceiro.
Comparado aos demais sedãs, suas linhas destoam por serem muito robustas e um tanto esquisitas
O jogo de pastilhas de freio, para se ter uma ideia, sai por R$ 377, ante os R$ 129 cobrados pela Fiat e os R$ 157 da Volks. Também não agradam nele os custos das revisões. Até os 30.000 km, os gastos serão de R$ 1.028.
As cotações de seguro, para compensar, são menos pesadas — a melhor ficou em R$ 1.412 — e as taxas de financiamento, atrativas para a categoria (1,09% ao mês).
Os mostradores digitais caíram bem. Já o volante poderia ter comandos do som
Já no desempenho o Cobalt desaponta. Apesar de silencioso e do câmbio bem escalonado, os 12,8 mkgf do bloco 1.4 ficam
aquém do porte do modelo, feito para levar muita gente e bagagens.
Malas, aliás, vão de monte nele, graças ao compartimento de 562 litros. Amplo também é o espaço da cabine, que acomoda com conforto cinco adultos altos.
CHEVROLET COBALT
BOM
+ Justifica o preço elevado ao vir muito bem equipado de série.
+ O câmbio manual de cinco marchas realiza trocas precisas e pouco ruidosas.
+ Faz inveja nos adversários ao ofertar garantia total de três anos.
+ Obteve as melhores marcas nos testes de frenagem.
RUIM
- As peças são caras. Um jogo de pastilhas de freios sai por R$ 377.
- O motor 1.4 de 102 cv e 12,8 mkgf é fraco para o porte do sedã.
- Não tem opção de câmbio automatizado ou automático.
- As revisões não são baratas. Até os 30.000 km, você gastará R$ 1 028.
No Voyage, os ocupantes igualmente não sofrem aperto no espaço traseiro. Já a área disponível no porta-malas é menor que a do Chevrolet. São "apenas" 480 litros.
No entanto, o VW no entanto, ganha com facilidade no quesito beleza. Apesar da traseira idêntica à do Grand Siena, a frente ficou invocada, com ares de sedã maior.
Se de frente o Voyage é a cara do Jetta, de traseira as lanternas o fazem parecer um Grand Siena
No entanto, como esse detalhe não confere pontos, outros aspectos, sim, importantes no comparativo o deixaram em segundo. Entre eles, a lista de itens de série, carente de ar-condicionado e rodas de liga leve.
Merecem críticas também as cotações de seguro. A apólice mais em conta saiu por R$ 2.283, mais de 5% do valor do carro.
O acabamento continua caprichado. Destaque para os novos grafismos do painel.
Os gastos com combustível, porém, são menores no Voyage, que faz média de 7,3 km/l na cidade e 12,1 km/l na estrada, quando abastecido com etanol.
Confortável e com ótima ergonomia, o sedã é esperto nas acelerações e confere a maior dose de prazer ao volante para o motorista, graças ao bom casamento entre câmbio e motor. Só o campo de visão que poderia ser maior, como em outros Volks.
VW VOYAGE
BOM
+ Embora não seja baixa, sua desvalorização (11,1%) é a menos pior.
+ Seu pacote de peças básicas é mais em conta: R$ 2 443.
+ Transmissão. Como a de todo Volks, tem engates curtos e muito precisos.
+ É bem econômico tanto na cidade (7,3 km/l) como na estrada (12,1 km/l).
RUIM
- Enxuta lista de itens de série. Rodas de liga e ar-condicionado são opcionais.
- Para um modelo novo, os R$ 2 283 cobrados pelo seguro são de assustar!
- A regulagem de altura do banco do motorista peca pela falta de precisão.
- A exemplo do Fiat, ofecere garantia total de apenas um ano.
A vida a bordo no Grand Siena, vencedor do páreo com um ponto de vantagem, também é satisfatória. Tal como o Voyage, é fácil achar a posição ideal de guiar, embora faça falta o ajuste de profundidade da coluna de direção.
Bem acabada e com belo visual, a espaçosa cabine do Fiat agrada pela presença de muitas saídas de ventilação. No painel, os grafismos do velocímetro poderiam ser menos espremidos.
Apenas o Grand Siena vem "calçado" de série com belas rodas de liga leve de 16"
Em matéria de desempenho, mais elogios ao Grand Siena, eficiente nas acelerações e nas retomadas com seu motor 1.6
de 117 cv e 16,8 mkgf.
Tão bem equipado quanto o Cobalt, o Fiat tem como diferencial a oferta de rodas de liga maiores que as do rival da GM
(16" contra 15"). No tamanho do porta-malas, entretanto, ele perde com seus 520 litros, apesar de a capacidade não ser pouca.
Além do visual elegante, seu painel tem um sistema de ventilação mais eficiente
A conquista do sedã mineiro teria sido mais fácil se ele não desvalorizasse tanto. São 12% só no primeiro ano de uso, o equivalente a R$ 4.850. Também seria mais atrativo com garantia total maior que um ano. Que tal copiar a de três do Cobalt?
FIAT GRAND SIENA
BOM
+ É o mais barato, sem deixar de trazer itens como ar, direção, ABS e airbag.
+ Tem as melhores cifras de seguro. A menor cotação ficou em R$ 1 326.
+ Faz apenas duas revisões até os 30.000 km, que totalizam R$ 760.
+ O motor mais potente proporciona um arrojo satisfatório para acelerar.
RUIM
- Decepciona na desvalorização anual de 12% e na garantia de um ano.
- Mesmo com ABS, percorreu as maiores distâncias nos testes de frenagem.
- As peças básicas de reposição poderiam ser um pouco mais em conta.
- As cores metálicas são caras: R$ 1 060 ante R$ 935 do GM e R$ 986 do VW.
1º - Grand Siena 138,5
Além de ser o mais barato, é o melhor negócio na hora das revisões e de fechar o seguro. Conta também com motor mais potente que o dos rivais e com itens exclusivos de série, como as rodas de liga de 16". Uma pena que o Grand Siena desvalorize tanto na versão Essence.
2º - Voyage 137,5
Se a aparência for decisiva para você, vai ser difícil resistir à tentação do VW, que anda bem e é econômico. Mas esteja preparado para gastar com opcionais e com o seguro gordo.
3º - Cobalt 135,5
Ele ganha dos concorrentes no tamanho do porta-malas e na capacidade de frenagem. Mas seu preço é maior, bem como o das peças básicas de manutenção e o das revisões.
Fonte: terra.com.br
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