Comparativo: Luta dos mais vendidos
03/08/2012 09:09Chevrolet Cruze e Honda Civic: gastando até R$ 70.000, descubra qual deles representa o melhor negócio
Era para ser um combate triplo entre os sedãs médios mais vendidos do mercado em suas respectivas versões mais bem sucedidas no país. Mas o Toyota Corolla, líder da categoria há alguns anos, infelizmente não compareceu ao desafio – a Carro Hoje solicitou o modelo à assessoria e não teve qualquer retorno. Seus principais concorrentes, contudo, não fugiram da briga e trataram de mostrar as qualidades que têm oferecido para tentar alcançar o topo do segmento e também a primeira posição em nosso comparativo.
As figuras em questão são o Chevrolet Cruze LT automático, que parte de R$ 65 039, e o Honda Civic LXL também automático, com preço sugerido de R$ 69 990.
Chevrolet Cruze Vs Honda Civic
Os dois sedãs são semelhantes na motorização. O GM, terceiro colocado no ranking de vendas com 18 994 emplacamentos até junho (de acordo com a Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias), vem equipado com bloco 1.8 16V fl ex de 144 cv e caixa automática de seis velocidades. Já o Honda, que tem vendido mais que o Corolla nos últimos meses, apesar de ainda estar em segundo lugar no quadro geral do ano – 21 744 unidades ante 26 197 do Toyota – utiliza propulsor 1.8 16V flex de 140 cv e câmbio de cinco marchas.
A semelhança entre os dois estende-se também para outros aspectos, como conforto, desempenho e até valores de seguro. Por isso, o resultado da briga foi apertado, com 1,5 ponto a favor do três-volumes da Honda.
Mesmo custando praticamente R$ 5 000 a menos, na ponta do lápis, o Cruze merece algumas ressalvas sobre o quesito bolso. Ele tem, por exemplo, plano de revisão menos atrativo que o do rival. Até os 30 000 km, os gastos são de R$ 1 260, contra R$ 656 cobrados pelo Civic.
Chevrolet Cruze
O consumo do GM também é maior, com média de 6,1 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada (com etanol). O Honda, nas mesmas condições, faz 7,1 km/l e 11,7 km/l, respectivamente, tendo como diferencial a presença do modo ECON que, ao ser pressionado no painel, deixa o carro mais econômico. Além disso, duas barras verticais ao lado do velocímetro digital indicam, por meio de cores, se o motorista está gastando mais (azul) ou menos (verde) combustível.
No seguro, eles estão parelhos. Enquanto a apólice do Cruze sai por R$ 2 673, a do Honda fica em R$ 2 581. Na desvalorização, por sua vez, a vantagem vai para o Chevrolet, que deprecia 9,1% no primeiro ano de uso ante os 10,3% perdidos pelo rival.
Para as peças de reposição, ambos praticam valores compatíveis para a categoria, embora algumas cifras do Civic mereçam alerta. É o caso do jogo de velas, cotado a R$ 324 nas concessionárias. Para o Cruze, o preço foi de R$ 240.
No aspecto conforto, os sedãs ficaram empatados. Tanto a versão LT do GM quanto a LXL do Honda são bem equipadas de série, com direito a direção elétrica, freios ABS, ar-digital e capricho no acabamento, mas há algumas particularidades. Só o Cruze, por exemplo, traz controle eletrônico de estabilidade (o rival tem ESP apenas na opção top de linha), retrovisor interno eletrocrômico e faróis de neblina. O Civic, por outro lado, disponibiliza bancos de couro, câmera de ré e repetidores de seta nos retrovisores.
Honda Civic
A ergonomia para o motorista é satisfatória nos dois, com pequenas diferenças. Enquanto no Chevrolet o condutor fica em uma posição mais baixa e esportiva, no Honda o campo de visão é maior e o volante, de raio menor e aletas para trocas seqüenciais de marchas, tem melhor pegada.
A posição de dirigir é mais baixa no Cruze, mas o campo de visão é estreito. No Civic, o volante de raio pequeno tem melhor pegada e a ergonomia é satisfatória
Quem vai no banco de trás, entretanto, sofre com o teto baixo de ambos os sedãs e com o ligeiro aperto no Cruze quando quatro adultos estão sentados ali. Esta, aliás, é uma má herança que o GM herdou do Vectra, inclusive a escassez de porta-objetos. Já para as bagagens, há um empate técnico: 450 litros no Cruze e 449 litros no Civic.
Quem viaja atrás no Chevrolet sente-se um pouco mais apertado que no Honda. O Civic, por sua vez, incomoda os grandões por ter o teto um tanto mais baixo
Em ação, o conjunto motortransmissão do Chevrolet demonstra uma certa superioridade. Além de entregar mais torque (18,9 mkgf contra 17,7 mkgf), ele surge em menor rotação, seu propulsor emite um pouco menos de ruído e está pareado com um eficiente câmbio automático de seis marchas. O de cinco velocidades do Civic também é bom, mas as trocas são um pouco mais perceptíveis.
Ao enfrentar as buraqueiras, o Honda é mais confortável. No GM, o acerto privilegia o desempenho, portanto, transmite com mais intensidade as imperfeições para a cabine. As rodas de liga leve de 17" também contribuem para isso – o rival utiliza as de 16".
Na aparência, os dois sedãs adotam estilos distintos. O Cruze tem uma cara jovial e nervosa, características que o Civic perdeu na geração atual. Mas tem vendido mais. Então, parece que o conservadorismo agradou a quem interessava.
O porta-malas do GM está na média da categoria. São 450 litros de capacidade. O Civic entrega praticamente o mesmo espaço do Cruze para as malas: 449 litros
CHEVROLET CRUZE
BOM
+ O câmbio automático de seis marchas está bem casado com o motor.
+ Ao contrário do concorrente, tem ESP não apenas na versão top de linha.
+ A posição de dirigir tem um toque de esportividade e é fácil de encontrar.
+ Tem design mais arrojado, algo que o Civic perdeu na mudança de geração.
RUIM
- É preciso dosar o pé no acelerador, pois ele "bebe"! Na cidade, faz 6,1 km/l.
- Com perfil mais esportivo, as suspensões não gostam muito de buracos.
- Cobra caro pelas revisões. Até os 30 000 km, são R$ 1 260 de gastos.
- Sua cabine é mais apertada que a do rival e tem menos porta-objetos.
HONDA CIVIC
BOM
+ As revisões são bem atrativas para a categoria: R$ 656 até os 30 000 km.
+ A ampla área envidraçada evita dores de cabeça com pontos cegos.
+ Econômico. Com o botão ECON acionado, faz média de 11,7 km/l na cidade.
+ Só ele traz aletas atrás do volante para trocas sequenciais das marchas.
RUIM
- Na versão LXL automática, a desvalorização anual é de 10,3%.
- Embora seja aceitável, o nível de ruídos do motor é maior que o do adversário.
- Fica devendo um botão para abertura do porta-malas diretamente na tampa.
- Peças caras. O jogo de velas custa R$ 324. No Cruze, sai por R$ 240.
1º CIVIC LXL - 138,5
Detalhes como as revisões mais em conta, baixo consumo de combustível, além de maior espaço interno, melhor acerto das suspensões e ligeira vantagem no prazer ao dirigir fazem desta versão do sedã da Honda o melhor negócio. Mas vale lembrar que seu preço inicial é quase R$ 5 000 superior ao do concorrente e a desvalorização anual é elevada.
2º CRUZE LT - 137
O sedã da Chevrolet está no mesmo nível do adversário, com direito a algumas vantagens, como a oferta de ESP e o design mais arrojado. Só patina em alguns aspectos, como nas cotações de seguro, ausência de banco de couro entre os itens de série e nas médias de consumo inferiores. Mas se é apenas o preço que interessa a você, vá de Cruze!
Fonte: terra.com.br
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